quinta-feira, 26 de abril de 2012

Leia para uma criança hoje

25 de Abril de 2012

Escrito por .

Os amados personagens literários de nossa infância se reuniram por uma causa importante: incentivar e dar destaque para a presença da literatura na vida das crianças. A Today Reading is Fundamental (RIF) é a responsável por promover o encontro por meio da campanha Book People Unite, lançada no dia 17:

A ideia da RIF, maior entidade norte-americana sem fins lucrativos destinada à alfabetização de crianças, é dar continuidade ao importante trabalho que vem desenvolvendo. Apenas em 2011, a entidade forneceu 14 milhões de livros a 4 milhões de crianças. Apesar dos esforços, a maioria dos jovens do país continuam sem acesso aos meios básicos para a educação. Hoje, nos Estados Unidos, 16 milhões de crianças vivem na linha de pobreza. O número é o maior em duas décadas, o que tem impacto profundo na educação – segundo a entidade, em bairros de baixa renda, há apenas um livro para cada 300 crianças, por exemplo.

A presidente da RIF, Carol Rasco, defende que, mais que resolver um problema, é preciso dar início a um movimento. “Um livro pode despertar nos jovens a ambição por uma vida melhor, e nós estamos convocando as pessoas da nação a se juntarem a nós na tentativa de transformar os EUA em um país letrado onde todas as crianças podem explorar, sonhar e conquistar”, afirmou em release oficial.

Quem assina a produção da campanha é a Ad Council, uma organização também sem fins lucrativos que convoca os talentos da industria publicitária para atuarem voluntariamente na criação de campanhas que levem ao público questões críticas. “A montagem da campanha, com personagens dos livros que ganham vida, visa motivar os pais a lerem para as crianças”, afirmou Peggy Conlon, presidente da Ad Council em release oficial. Na trilha sonora, estão grandes nomes da música, que se juntaram em nome da causa: a canção foi produzida pelo The Roots, e conta com as vozes de atores e cantores como Jack Black, Chris Martin, John Legend, Jim James, Jason Schwartzman, Nate Ruess, Melanie Fiona, Carrie Brownstein, Regina Spektor e Consequence.

Para saber mais sobre a iniciativa, acesse BookPeopleUnite.org.

Fonte: Pra ler

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Interiorizar o livro e a leitura no Brasil

"As atuais políticas de incentivo à cadeia do livro têm modificado a realidade leitora"
 
O caixeiro viajante era mais que um vendedor de tudo um pouco pelos lugarejos País afora. Ele levava também estórias, leituras de mundo; e de porta em porta chamava o povo também aos livros. As obras eram restritas a poucos que tinham como opção tomar de empréstimo a amigos ou fazer pedidos através de cartas às editoras.

Se hoje há um pouco mais de facilidade de acesso com as livrarias e bibliotecas existentes, a necessidade de buscar novos leitores não mudou. Não podemos tratar essa questão analisando apenas o fator econômico, mas também o educacional e a desvalorização do ato de ler.

As atuais políticas de incentivo à cadeia do livro têm modificado a realidade leitora. Os gestores estão mais sensibilizados que estas ações não podem ficar restritas aos grandes centros. Tanto que a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e o Ministério da Cultura (MinC) criaram o Circuito Nacional de Feiras de Livros que estimulará e apoiará tais eventos nos municípios.

Em Maranguape, duas iniciativas do governo municipal se destacam por dinamizar o acervo da Biblioteca Capistrano de Abreu e aproximar a população da leitura. Os livros saem deste ambiente formal e percorrem ruas, indo ao encontro da vida que pulsa em cada esquina até a zona rural. Os espaços da leitura de livros já não se resumem a salas de aula e bibliotecas, podem ser um banco de praça, a sombra de uma árvore.

No “lombo” de motores, os livros são levados aos 17 distritos do município, através do ônibus-biblioteca do “Ensino sobre rodas”, da Secretaria de Educação e do projeto “Literatura Rural”, onde um veículo Rural, sob a organização da Fundação de Turismo, Esporte e Cultura (Fitec), dá destaque à literatura de cordel.

A visita dos projetos mostra que o encanto não se perdeu e a cada nova chegada o entusiasmo é o mesmo. É nessa aproximação, mesmo que rápida, que o despertar pode acontecer: quando se descobre o cheiro do livro, o toque macio das palavras, o sabor das frases juntas, a alquimia que tudo isso junto pode “perigosamente” causar.

No corpo a corpo, entre mediadores e leitores, não basta contar estórias, é preciso transformar, provocá-las a tornarem-se leitoras, a fazer deste encontro com as letras, um ir e vir constante.

Será mesmo que o brasileiro não gosta de ler ou faltam-lhe oportunidades de provar do prazer que só uma boa leitura sem obrigação pode proporcionar?

Luiza Helena Amorim - Luiza.helena.amorim@gmail.com
Jornalista, escritora e conselheira Municipal de Políticas Culturais na área do Livro e Leitura

Fonte: O Povo

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Papel da famíla enquanto mediadora de leitura



Há algum tempo publiquei uma postagem destacando O Papel do Professor enquanto mediador da leitura. Acontece que não é responsabilidade apenas da escola a formação de leitores. Os pais, ou melhor a família, são ótimos e importantes incentivadores para esta prática, tanto a partir do estímulo, quanto pelo seu exemplo.

Convém aos familiares:

  1. Propiciar o acesso aos livros;
  2. Oferecer o exemplo;
  3. Ter entusiasmo;
  4. Presentear com livros e não apenas com brinquedos;
  5. Buscar contextualizar a leitura;
  6. Estimular visitas a bibliotecas, exposições e projetos sociais que envolvam livros e leitura;
  7. Trabalhar as próprias aptidões de leitor;
  8. Pensar, refletir sobre a escolha dos livros;
  9. Buscar motivação pessoal e motivar os jovens leitores;
  10. Tratar as leituras com progressividade, mostrando novos temas, novas situações e novos estilos;
  11. Ter uma atitude positiva com escritores, educadores e leitores – um comentário negativo a respeito de alguma obra ou autor pode gerar um preconceito;
  12. Não subestimar a capacidade, nem o interesse das crianças para a leitura.

O que é desaconselhável fazer

  1. Reforçar para as crianças o fato delas não gostarem de ler;
  2. Obrigar a ler – não obrigue o gosto do outro, mostre o seu entusiasmo de leitor;
  3. Mandar ler um livro que não agrada – cada idade tem um amadurecimento, um despertar, mesmo sem entrar no critério do gosto;
  4. Exigir que o livro seja lido por inteiro – incentivar a mudar de leitura;
  5. Deixar a criança só com o livro – este pode ser para ela um objeto aparentemente hostil que exige um esforço excessivo;
  6. Contar todos os delhates do livro – deixar o livro falar por si só;
  7. Transformar o livro em dever de casa – o que o vincularia a uma obrigação;
  8. Transformar o livro num instrumento acadêmico – faz com que o livro perca o encantamento e o mistério, tornando-se uma mera ferramenta;
  9. Obrigar a comentar o livro lido – tem que ser espontâneo e prazeiroso;
  10. Utilizar o livro como instrumento de coerção – usá-lo como castigo, ameaça por tarefas não cumpridas.
Aprofunde-se mais em 

SOBRINO, Javier García (org.), et. al. A criança o livro: A aventura de ler, Portugal: Porto Editora, 2000.

Fonte: Livros e Afins

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Livros para brincar!



O mundo dos livros é muito mágico. Não apenas por trazer histórias diversas dentro deles, mas porque a cada dia, as editoras estão investido em diversos formatos. Tem livro de tecido, tem livros que fazem som, e tem até os que viram móbile e até castelos!

Quer incentivar o seu filho para a leitura desde bebezinho? Além de ler para ele, uma sugestão é presenteá-lo com livros de tecido. Isso mesmo! Eles são bem macios e possui, algumas vezes, mordedor acoplado, o que faz o manuseio do seu filho ser uma grande diversão. Essa é uma maneira de introduzir o seu filho no mundo da literatura. Eles falam sobre fazenda, dinossauros, abelhas, pintinhos… é uma infinidade de assuntos que encantam as crianças, mesmo que bebês. Isto acontece porque, apesar de não entender a história, a leitura em voz alta os coloca em contato com outro tipo de linguagem, que é importante para o desenvolvimento. Outra forma de conquistar os bebês são os livros que podem ser levados para o banho. Olha que diversão! 

Se seu filho já for maiorzinho, livros que interagem com eles são os que mais chamam atenção. Nessa fase, o livro brinquedo é uma dica. Esse tipo de livro, como o próprio nome diz, não é apenas para ler, mas também para brincar. A criança interage com ele de outra maneira. Tem livro que “fala”, que toca música, que faz barulho, que vem com fantoches, com o personagem de pano para “passear” pela história. Tem livro que vira pista para os carrinhos, que vira castelo, que vira a casa das fadas, enfim, muitos e muitos recursos nos livros além simplesmente das histórias. E qual a criança que não quer entrar nessa diversão?!

Então, quando for comprar um livro para o seu filho, que tal unir a literatura à brincadeira?

Fonte: Bloguito

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O incrível poder das histórias em quadrinhos

02/02/2012
Mais do que um divertido passatempo, elas são um valioso instrumento para despertar o gosto pela leitura!
Texto: Gisleine Carvalho
 
Foto: Divulgação
Em parceria com Maurício de Sousa, o Educar para Crescer desenvolveu uma cartilha em quadrinhos para falar sobre a importância da Educação 

O cineasta Federico Fellini lia. O filósofo Umberto Eco é ávido consumidor e o artista plástico Roy Lichtenstein fez uso de balões com falas em algumas de suas obras. Esses artistas declararam que a leitura das histórias em quadrinhos serviu de inspiração e influenciou seus trabalhos. Há outros exemplos de personalidades que poderiam ser citadas, mas não é o propósito deste texto listar celebridades e fãs da também chamada arte sequencial. Trata-se só de uma curiosidade, já que houve um tempo em que psicólogos e educadores chegaram a afirmar que os gibis estimulavam a preguiça mental.

"Por muitas décadas, as histórias em quadrinhos foram vistas à margem do que se entende por leitura. Uma visão equivocada porque os quadrinhos são e sempre foram leitura igualmente válida", defende Paulo Ramos, professor da Unifesp e autor de vários livros sobre quadrinhos.

De fato, hoje não há mais dúvidas sobre o valor desse tipo de narrativa. Tanto que os quadrinhos são recomendados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e reconhecidos como uma ferramenta de alfabetização. Na visão da professora Maria Angela Barbato, da Faculdade de Educação da PUC-SP, as histórias em quadrinhos acabam sendo também um instrumento no processo de desenvolvimento da leitura e da escrita porque as crianças naturalmente gostam desse tipo de linguagem. "Existem crianças, inclusive, que desenvolvem a leitura com os gibis", diz ela.

Outro fator que torna os quadrinhos tão atraentes para as crianças é a ligação emocional que elas costumam desenvolver com os personagens. Um exemplo da força dessa conexão está na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em 2008 pelo Instituto Pró-Livro, na qual Mauricio de Sousa, o pai da Turma da Mônica, aparece em décimo lugar na lista dos escritores mais admirados pelos leitores, depois de Monteiro Lobato, Jorge Amado, Machado de Assis, entre outros.

Ainda há que se ressaltar que, para a formação de um leitor competente, capaz de usar a linguagem em diferentes contextos e situações, é preciso dar a ele acesso a variados tipos de leitura. Como explica a professora Maria José da Nóbrega, assessora da Secretaria Municipal da Educação de São Paulo, "cada gênero de texto desenvolve habilidades específicas, por isso é importante que a criança tenha disponível diferentes fontes de leitura, como jornal, livros, revistas e histórias em quadrinhos. A família tem um papel vital nisso".

Oito motivos para incentivar seu filho a ler histórias em quadrinhos. Confira!

Contribuem na pré-alfabetização
A sequência de imagens dos quadrinhos permite que a criança compreenda o sentido da história antes mesmo de aprender a ler. Ao fazer isso, ela organiza o pensamento, exercita a capacidade de observação e interpretação e desenvolve a criatividade. Na fase de pré-alfabetização, o contato com os gibis também ajuda a criança a se familiarizar com as letras.

Ajudam no processo de alfabetização
A ordem lógica dos quadrinhos serve de apoio para que a criança decifre o que está escrito e supere a dificuldade de fluência, típica de quem acabou de se alfabetizar. Outro fator positivo é que a letra maiúscula usada nos balões facilita a leitura. Para quem está aprendendo a ler, letras minúsculas podem ser mais difíceis de decodificar, principalmente aquelas que têm traçados semelhantes, como q, p, d e b.

Despertam facilmente o interesse das crianças
A leitura de gibis é uma atividade lúdica para as crianças, que naturalmente se identificam com a linguagem dos quadrinhos e, muitas vezes, estabelecem uma relação afetiva com seus personagens.


Estimulam o hábito da leitura


Um bom modo de estimular um hábito é enfatizando o seu lado prazeroso. No caso dos quadrinhos, os textos rápidos associados com imagens, os elementos gráficos e a identificação com os personagens são alguns dos elementos que tornam a leitura agradável. Isso pode encorajá-las a ler textos cada vez mais complexos. Alguns pesquisadores defendem que os leitores de quadrinhos também acabam se interessando por outros gêneros de texto.

Exercitam diferentes habilidades cognitivas
A leitura de histórias em quadrinhos é um processo bastante complexo. É preciso decodificar textos, imagens, balões, onomatopeias e, muitas vezes, recursos de metalinguagem. Além disso, induz a uma habilidade chamada inferência, que é a capacidade de concluir coisas que não estão escritas. Nas HQs, por exemplo, o leitor deduz a ação que é omitida entre um quadrinho e outro. Tudo isso demanda um trabalho intelectual.

Unem cultura e entretenimento
Histórias em quadrinhos podem transmitir um leque bem amplo de informações sobre contextos históricos, sociais ou políticos e ainda assim manter sua característica de entretenimento. Só para citar alguns exemplos bem conhecidos: as aventuras de Asterix trazem divertidas referências sobre história antiga, as histórias de Tintim são ricas em indicações geográficas e as tirinhas da questionadora Mafalda fazem crítica a questões político-sociais da Argentina. Já Joe Sacco, que é quadrinista e jornalista, desenhou histórias sobre a guerra da Bósnia e os conflitos entre Israel e Palestina.


São de fácil acesso e baixo custo


Os títulos mais populares podem facilmente ser adquiridos nas bancas de jornal por um preço bem acessível. Os gibis também são encontrados em bibliotecas e gibitecas. Outra opção são as trocas, prática que costuma ser incentivada pelas escolas e prefeituras.


São recomendadas pelos PCN, RCNEI e PNBE



Algumas das razões para isso já foram descritas nos itens anteriores, mas vale ressaltar que tanto os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), como o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) e o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) falam sobre a importância da criança interagir com diferentes tipos de texto. Além disso, a relação entre texto e imagem está cada vez presente em diferentes gêneros e é preciso ensinar como ler a imagem também.

Fonte: Educar Para Crescer

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dica do dia - Educar Para Crescer





Como ter tempo para ler

06/04/2012
 
Com a rotina cheia de obrigações, é difícil conseguir terminar um livro em poucos dias. Descubra algumas dicas para ler mais e em menos tempo
 
 Crédito: Shutterstock.com
Uma dica ótima se você quer encontrar tempo para
ler sem ter que, necessariamente, mudar sua rotina
é começar com um livro que você adora
 Queremos mais tempo para fazer exercícios, ler livros, ir ao cinema e dormir, mas conseguir fazer todas essas coisas e ainda trabalhar é muito difícil. Estabelecer uma rotina que nos satisfaça pessoal e profissionalmente exige muito foco e organização. No caso da leitura, na maioria das vezes temos tempo para ler, apenas não percebemos isso.

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As tentações que não nos deixam ler fazem com que pensemos que tudo o que nos falta é tempo, quando na realidade a falta é de disciplina. Tentações eletrônicas, por exemplo, estão sempre disponíveis para nos privar de uma atividade mental que requere mais foco e esforço como a leitura. Quando chegamos em casa depois de um dia de trabalho, é difícil encontrar disposição suficiente para desligar a TV e se concentrar em um livro mais desafiador.
 
Uma dica ótima se você quer encontrar tempo para ler sem ter que, necessariamente, mudar sua rotina é começar com um livro que você adora. Quando lemos algo assim, encontramos o tempo necessário para conseguir ler alguma página a mais. Queremos saber o próximo passo dos personagens e como aquela cena espetacular irá terminar, então não medimos esforços para ler.
 
Tente perceber em que horários ou em quais oportunidades você consegue ler. Durante o horário de almoço, no caminho de ida e volta para casa, antes de dormir, nos intervalos das aulas, etc. Você irá perceber que tem sim tempo para ler, apenas não aproveita como deveria.