quinta-feira, 22 de março de 2012

Papel do professor enquanto mediador da leitura

Por Roberta Fraga

Crédito da imagem: The teacher - Mary Ellen Page Sr. (Murnie), 1967 (from the family archives)

A leitura em seus momentos iniciais ou, posteriormente, por razões diversas será mediada. Mediar leitura tem um aspecto amplo. Pode significar o simples papel de ledor, o que acontence com deficientes visuais que não dominam o Braille ou pessoas ainda não alfabetizadas; mas, também, pode significar a interpretação do texto escrito, o canal de acesso à informação e à fantasia, no caso dos textos literários.
Assim, muitas pessoas podem ser referência de mediação: os pais, professores, orientadores, bibliotecários, um amigo, um voluntário…

Quanto ao professor convém:

  1. Ter aptidão para escolher a obra apropriada, tanto em termos de adequação etária, quanto em relação às preferências do grupo;
  2. Emprego eficaz de recurso metodológico – para saber dar ritmo, reconhecer momentos de avanços ou de recuos na aprendizagem e na formação do leitor;
  3. Suscitar a verbalização acerca da compreensão da obra;
  4. Domínio acerca do conteúdo a ser ministrado;
  5. Senso de oportunidade – o mediador deve saber avançar e recuar, testar novas abordagens. O modo de construção do leitor é um processo lento e gradativo;
  6. Seleção de material  – conhecer o interesse dos alunos, o universo deles, contextualizar;
  7. Conhecimento da produção literária para crianças;
  8. Conhecimento de lançamentos recentes, ser atualizado;
  9. Atender aos princípios da Filosofia e Educação contemporâneas – “aprender a aprender e aprender a ser”;
  10. Atendimento às qualidades estéticas da literatura sem preconceito e sem moralismos – literatura é arte;
  11. Dar preferência a textos inovadores e emancipatórios – estimular o pensamento independente e o senso crítico;
  12. Cuidar pela qualidade do material – estimular esse respeito;
  13. Cuidar pela qualidade da linguagem  – por mais que a língua evolua, é bom falar e escrever corretamente;
  14. Cuidar pela variedade de temas;
  15. Ter um tratamento questionador.
Fique atento, muitas vezes, o professor precisa trabalhar nele mesmo as aptidões de leitor. Certas resistências podem advir de desconhecimento e pouco preparo.
Aprofunde-se mais em
COSTA, Marta Morais da, Metodologia do ensino da literatura infantil, Curitiba: Ibpex, 2007.

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