sábado, 17 de julho de 2010

Qual a vantagem de um livro-brinquedo?

Muito se quer ler para a criança e começar desde cedo. Mas, se é brinquedo, adianta?

Cristiane Rogerio

Davi tem pouco mais de 2 anos e já passeia pela biblioteca à vontade. Mexe em uma pilha de livros aqui, observa de longe outra ali e se diverte. Paola Piske, a mãe, fica só olhando e à espera do que o filho vem trazer. Até que ele encontra um livro que mais parece um brinquedo. É Brincando com a Joaninha (Ed. Salamandra), um dos 30 Melhores Livros Infantis do Ano, segundo a lista exclusiva de CRESCER em 2010.

O menino ajeita a joaninha em uma das mãos e continua passeando pelo lugar, pronto para explorar o próximo livro. Ele é um bebê, como mais uns 10 que estão ali com ele na primeira versão da Biblioteca para Bebês que a Fundação Nacional do Livros Infantil e Juvenil preparou em seu 12º Salão do Livro, que aconteceu no Rio de Janeiro.

A iniciativa aconteceu justamente para “provar” que bebês, sim, tem de estar rodeados por livros. E não só isso: tem que pegar, apertar, morder, experimentar, devolver, pegar de volta, olhar, abrir e fechar. Não tem problema se estraga, molha, vira a página de um jeito brusco ou se está de ponta-cabeça: o importante é que o livro, chamado sabiamente de ‘livro-brinquedo’ faça parte das primeiras descobertas do bebê.

Paola, a mãe de Davi, já entendeu isso. Tem vários livros para ele em casa, encanta-se com as possibilidades, confessa que alguns de tão lindos, tem até pena de ele estragar e vai cuidando e ensinando-o a cuidar como pode. Já acredita tanto na importância de que livros são também brincadeira boa de bebê que convencer o marido que sim, mesmo com um filho ainda tão pequeno, era hora de levá-lo a um salão de livro. E Davi todo feliz andando entre livros e pufes, só provou a ela – e a mim – que essa parceria tem mesmo que começar o quanto antes.

Cristiane Rogerio é editora de Educação e Cultura da Crescer e adora se perder entre os livros.

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