quarta-feira, 10 de março de 2010

Troca de livros é coisa de escola, sim

Emprestar e doar livros é uma das formas mais antigas e mais bacanas de incentivo à leitura.
Cristiane Rogerio
Na minha casa, como vocês podem imaginar, há estantes cheias de livros infantis. Ainda não tenho filhos, mas sou rodeada de crianças como sobrinhos e filhos dos amigos que, claro, adoram fazer uma visita “àquele” quarto tão especial. E, quando eles querem, levam um exemplar emprestado para casa, algo como “esse eu tirei da Biblioteca da Cris”. Também adoro presentear com livros. Adoro ficar pensando na criança, como aquele determinado livro pode se encaixar com ela, como pode virar seu companheiro de risada e de emoções.

Bem, depois de as duas coisas terem acontecido várias vezes, a minha sobrinha Letícia, de 6 anos, me fez a pergunta depois de ganhar um livro: “mas, tia Cris, esse é dado ou emprestado?”. Dei muita risada e adorei como ela já tinha uma noção da diferença entre as duas ações. E esta é mais uma vantagem que o livro nos dá.

A troca de livros entre as crianças é uma das formas mais antigas e mais bacanas de incentivo à leitura que, por exemplo, uma escola pode proporcionar. Ou melhor: provocar. Organizar isso entre os alunos, pedir que leve o livro do amigo por um final de semana é uma troca completa, mesmo que o livro volte ao dono original: amplia a leitura, permite que um amigo conheça ainda melhor o outro e faz com que o seu filho possa compartilhar algo que ele gostou muito.

Além desta prática itinerante, você também pode estimular outras atividades, como a ida a um sebo ou participar sempre de feiras de troca de livros, sejam promovidas pela escola ou por alguma associação ou iniciativa do governo, como a Prefeitura de São Paulo realizou em 2009. Ou, se já estiverem preparados, doar livros é um ato e tanto: pode ser para o amigo, pode ser para uma instituição que cuide de crianças carentes, ou para aumentar o acervo da biblioteca de uma escola. O que vale é que livros sejam lidos. Sempre. Por mais que o desapego seja difícil...

Fonte: Revista Crescer

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