domingo, 28 de fevereiro de 2010

Biblioteca de São Paulo: Parque da Juventude ganha a mais nova biblioteca pública de São Paulo

A partir do dia 9 de fevereiro, a cidade de São Paulo contará com um novo e diferenciado espaço cultural: a Biblioteca de São Paulo. O governador José Serra inagurou nesta segunda, 8, em uma área de 4.257 m² no Parque da Juventude, zona norte da capital, a Biblioteca que oferece aos paulistas um espaço dinâmico e integrado à comunidade.

O espaço amplo abriga 30 mil livros novos, acesso à internet em vários computadores, além do acervo de filmes e músicas. O local visa atrair jovens leitores.

O local conta com amplo horário de funcionamento, fácil acesso pelo Metrô Carandiru, CDs, DVDs, jogos e 30 mil livros no acervo. Além disso, a Biblioteca de São Paulo será um centro de formação permanente para atualização e qualificação de profissionais da área.





Fonte: Antena Paulista

Embarque na Leitura - Metrô em São Paulo

IBL - Embarque na Leitura - Metro Paraiso - Antena Paulista



IBL - Embarque na Leitura - Metrô Luz



IBL - Metrô Tatuapé



IBL - Metrô Santa Cecília - Embarque na Leitura



IBL - Embarque na Leitura - Paraíso



IBL - Embarque na Leitura - Largo 13



Biblioteca do Metrô na Ação da TV Globo!

Biblioteca Barca dos Livros: o barco - a biblioteca itinerante

A Barca dos Livros é uma biblioteca comunitária, mantida pela SOCIEDADE AMANTES DA LEITURA, com sede na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, que defende a importância da leitura para o desenvolvimento comunitário e individual.


Inaugurada em 02 de fevereiro de 2007, a Biblioteca possui um acervo de mais de 8.000 livros já catalogados e 3.000 em fase de catalogação. Nesses dois anos de atividade, nossa Biblioteca é referência na área do livro e da leitura, e presença constante na mídia local e nacional. A Barca dos Livros foi finalista do Prêmio Vivaleitura 2007 (Minc/MEC e OEIAE e Grupo Santillana), recebeu em 2006 o 2° lugar no 11° Concurso FNLIJ/Petrobrás – Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil. Em 2008 foi reconhecida como “ação destaque” no II Fórum do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL/MinC) e I Encontro Internacional de Bibliotecas Comunitárias em São Paulo.


Em 2006 o Projeto foi aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura /Minc (Lei Rouanet – Artigo 18) e contou com importantes incentivos da Eletrobrás, Eletrosul, Tractebel, BRDE e BADESC, o que permitiu equipar o espaço, contratar profissionais qualificados, atendendo às necessidades de funcionamento da sede/porto. Nosso objetivo principal sempre foi o de facilitar o acesso ao livro e à leitura e a formação do leitor, através do atendimento diário e gratuito à comunidade e do programa mensal de incentivo à leitura, com a qualidade de um acervo de livros escolhidos.

Nesses dois anos de atividades, a Barca dos Livros atingiu uma média de 1.800 visitantes/mês (beneficiando escolares de todas as idades e público em geral da comunidade da Lagoa da Conceição e região, Florianópolis, Grande Florianópolis e também do interior do Estado).


A implantação do barco-biblioteca (biblioteca itinerante) concretizará na totalidade os objetivos do projeto Barca dos Livros. Montada a bordo de um barco especialmente adaptado, respeitando as condições geográficas, o meio-ambiente e as tradições culturais da população da Lagoa da Conceição, a biblioteca-itinerante cumprirá um roteiro de visitas, quando emprestará livros, receberá devoluções e servirá de base para atividades de estímulo à leitura diretamente nos núcleos das comunidades ribeirinhas da Lagoa da Conceição. Contadores de histórias, autores e oficinas de formação do leitor e mediadores de leitura complementarão e marcarão sua passagem. Nas margens e proximidades da Lagoa da Conceição, vivem cerca de 40 mil habitantes espalhados em vários núcleos, com cerca de 20 mil crianças, adolescentes e jovens matriculados desde creches até o ensino médio e universitário. Linhas regulares de barcas servem a algumas comunidades ribeirinhas, como a Costa da Lagoa, cujo único acesso é a via aquática. É um microcosmo construído em torno da Lagoa, onde o barco é meio de transporte cotidiano e os 23 trapiches públicos são pontos de contato incorporados aos usos e costumes. Com o Barco - Biblioteca em funcionamento, iremos ampliar em 50% o número de pessoas (adultos e crianças) que serão beneficiadas com as atividades de incentivo à leitura e acesso à Biblioteca.


O Projeto Barca dos Livros - Fase II - consta da circulação do barco-biblioteca e a realização das atividades de incentivo à leitura diretamente nas comunidades. Estamos trabalhando na captação de recursos para a compra e implantação do Barco-biblioteca, ainda em 2009. Enquanto isso, realizamos, desde a abertura da Biblioteca, a atividade mensal de incentivo à leitura chamada “Histórias na Barca dos Livros” – três passeios a bordo de um barco na Lagoa da Conceição, com livros, narração de histórias e música numa viagem encantadora.

Fonte: Barca dos Livros

Skoob é uma rede social para aficcionados por livros

O que você anda lendo?


Skoob é uma rede social para aficcionados por livros. O Sistema é novíssimo, além de uma interface limpa e agradável existe um ótimo mecanismo de classificação de livros por listas e tags.


O skoob é o local onde você diz o que está lendo, o que já leu e o que ainda vai ler, seus amigos fazem o mesmo e assim, todos compartilham suas opiniões e críticas.


É também um lugar para fazer novos amigos, tem muita gente que gosta dos mesmos livros que você, nosso papel é ajudá-lo a encontrar essas pessoas e saber quais são suas dicas para a sua próxima leitura.

http://www.skoob.com.br/

Fonte: Skoob

Dia 12 de outubro: Dia Nacional da Leitura

O dia 12 de outubro foi instituído como o Dia Nacional da Leitura. O objetivo é tentar sensibilizar pais e educadores para criar o hábito e o prazer de ler desde a infância. Como na mesma data se comemora o Dia das Crianças, é uma boa chance de presenteá-las com livros, que estimulam a criatividade, aumentam o vocabulário e ainda ampliam a consciência crítica delas.

Algumas dicas simples, como presentear bebês com livros de pano e de borracha, ler para os filhos antes de dormir, comprar gibis, frequentar bibliotecas e outras 30 maneiras de incentivar a leitura podem ser conferidas abaixo:

1.Presentear bebês com livros de pano e livros de borracha.
2.Presentear crianças com livros, além de roupas e brinquedos.
3.Ler para os filhos na hora de dormir.
4.Escurecer a sala de aula e ler com velas acesas ou uma lanterna ligada.
5.Fazer “cabaninha” com cobertor e ler dentro dela com lanterna.
6.Comprar gibis para os sobrinhos (e para você).
7.Ler uma poesia para quem a gente ama.


8.Dar um guia para a viagem de um amigo ao exterior.
9.Levar o livro que estiver lendo para mostrar a seus alunos.
10.Emprestar mais livros.
11.Convidar escritores, ilustradores e editores para visitar a escola.
12.Frequentar bibliotecas e livrarias.
13.Presentear seus professores com livros.
14.Estimular as pessoas a continuarem os seus estudos.
15.Ensinar um adulto a ler. Nem sempre alfabetizar significa formar leitores. A leitura está associada ao amor pelas palavras, pela linguagem, pela vida.
16.Assinar revistas e jornais.
17.Antes de começar a aula, escrever na lousa algum pensamento de um filósofo, alguns versos ou um haicai (poema de origem japonesa).
18.Contar para o outro a história de um livro que a gente gostou demais.
19.Fazer uma peça de teatro a partir de um livro.
20.Ler a biografia de alguém que admiramos.
21.Colocar um revisteiro no banheiro com livros e revistas.


22.Rir muito: livros de piadas servem para toda a família.
23.Ler o próprio coração e o silêncio.
24.Cantar com as letras das músicas nas mãos.
25.Colecionar selos e álbuns de figurinhas é ótimo para despertar a criatividade.
26.Fazer uma serenata e trazer o romance para a vida real.
27.Ler a cidade, ler um amigo, ler um animal de estimação, ler a chuva caindo, ler o jardim e ler as estrelas.
28.Aproveitar para ler na fila do banco, no ônibus, no metrô e nos consultórios médicos.
29.Trocar livros e leituras.
30.Lembrar que quem cozinha adora livros de receitas.
31.Estudar uma outra língua é ler um outro país, uma outra cultura.
32.Abraçar um livro quando acabamos a leitura.


Fonte: Fundação Educar Dpaschoal

Projeto Banco de Livros: proposta da Fiergs e a Câmara Rio-Grandense do Livro

Daniel Feix | daniel.feix@zerohora.com.br

A partir de segunda-feira, uma grande campanha que inclui outdoors, comerciais de tevê e outras ações vai mobilizar os gaúchos a se dirigirem a um dos 1334 pontos de doação localizados nos quase 500 municípios do Estado e fazerem a sua parte para saciar a fome daqueles que gostariam de ler mas não têm acesso aos livros.

É a iniciativa proposta pela Fiergs e a Câmara Rio-Grandense do Livro que, em parceria com diversas empresas, entre elas a agência Escala, criaram o Banco de Livros.

— Com os volumes que arrecadarmos vamos montar bibliotecas em presídios, hospitais, creches, ou seja, em espaços que o governo não consegue alcançar — diz Waldir da Silveira, presidente da Câmara, lembrando que diversos municípios do Rio Grande do Sul não tem sequer uma biblioteca.

A meta, tão nobre quanto pretensiosa, pode ser atingida muito em função de uma sacada dos organizadores da iniciativa: Os Espiões, novo romance de Luis Fernando Verissimo, está finalizado e deve ser publicado pelo selo Alfaguara em dezembro. Mas será liberado antes, na íntegra, na internet, mais precisamente em http://www.livroinedito.com.br/.

Quando? Quando o contador das doações atingir meio milhão de livros e todos estiverem empilhados nos pavilhões mantidos pela Fiergs no bairro Sarandi, na Capital, prontos para triagem, conferência e divisão visando à formação das bibliotecas.

Como doar

— É bem simples: todas as agências dos Correios e da Caixa Federal, todas as loja da Panvel, do Zaffari e da Chevrolet e todos os estacionamentos Safe Park terão urnas de arrecadação.

— Se você quiser saber como anda o contador de doações, visite http://www.livroinedito.com.br/.

— Assim que a marca de 500 mil livros for atingida, Os Espiões, novo Luis Fernando Verissimo, estará à disposição para leitura na íntegra no site. Quer ser avisado, por e-mail, do exato momento em que o romance for disponibilizado? É só deixar seu endereço eletrônico no cadastro do sítio.

— Livroinedito.com.br  também contém outras informações sobre o projeto.

Fonte: Zero Hora

Leitura para idosos estimula que eles contem suas próprias histórias


Por Valéria Dias - valdias@usp.br

Uma atividade de humanização hospitalar implantada no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desde abril deste ano tem estimulado os pacientes com mais de 60 anos internados no Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT). Trata-se da contação de histórias e do incentivo à leitura, iniciativas que, muitas vezes, acabam por levar os pacientes a relembrarem as suas próprias histórias, sua juventude e vivências.

A idéia é da Equipe da Brinquedoteca do IOT, com apoio do Comitê de Humanização do Instituto, coordenado pela terapeuta ocupacional Thais dos Reis Olher. Ela teve a idéia de implantar o projeto e orientou uma das recreacionistas do Instituto, Alexandra Cavalcanti, para que ela fizesse o curso Biblioteca Viva. Trata-se de um programa desenvolvido desde 1995 pela Fundação Abrinq em parceria com o Citigroup, com apoio do Ministério da Saúde, que tem o objetivo de fazer a “mediação” de histórias para o público infantil. “Mas logo em seguida, o grupo Viva e Deixe Viver, voltado para a infância e adolescência, começou a trabalhar com as crianças do Hospital. Então, para não repetir a mesma atividade, pensamos que poderíamos adaptar os conhecimentos adquiridos no curso Biblioteca Viva para o público da terceira idade”, conta Thaís. Segundo ela, existia uma demanda no sentido de oferecer alguma atividade recreativa aos internos desta faixa etária.

Uma vez por semana, Alexandra visita as enfermarias do IOT e se apresenta aos pacientes com mais de 60 anos, explicando como funciona o trabalho. Então ela pergunta se eles querem ouvir alguma história. Em caso positivo, o paciente escolhe se quer que ela conte ou se prefere ele mesmo ler o livro. “Em alguns casos, deixamos o livro com o paciente, que na semana seguinte faz comentários sobre a história”, afirma Thais. A atividade é voltada especificamente para o público da terceira idade, mas muitas vezes há um paciente mais jovem no quarto. Nesse caso, ele também é convidado a participar.

Segundo Thais, o resultado é muito bom, pois estimula muito o paciente idoso. Muitas vezes ao ouvir as histórias, ele acaba lembrando de acontecimentos que viveu na juventude, ou de hobbies que exerceu ou acaba associando com algo muito próximo e familiar. Então, é comum que eles não apenas ouçam, mas também contem suas próprias histórias de vida. Há ainda aqueles que acabam percebendo que já leram aquele livro. “Muitos deles acabam retomando o hábito da leitura, por vezes abandonado há alguns anos”, aponta.

A terapeuta ocupacional lembra que a terceira idade é a faixa etária mais suscetível a quedas e fraturas, motivos que ocasionam a maioria dos internamentos no IOT. “Então essa atividade ajuda os pacientes a amenizarem a internação, já que eles não conseguem esquecer que estão internados, e a tristeza que muitos sentem por estarem com problemas de saúde. Ao relembrar sua própria história, o paciente idoso, apesar de estar fragilizado, muitas vezes com fraturas, percebe que tem um lado saudável ligado a suas memórias de vida”, afirma Thais.

Livros, revistas e bíblia

Os livros utilizados na atividade vão desde “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, passando por “Marcelo, Marmelo, Martelo”, de Ruth Rocha, até obras de grandes autores, como Érico Veríssimo. Thais explica que a proposta original é usar livros menores, de 20 a 30 páginas, com muitas ilustrações. Se o paciente gostar, o grupo oferece outra obra com um número maior de páginas para que ele leia até a semana seguinte. Há livros sobre os grandes mestres da pintura (que trazem muitas ilustrações) e sobre personagens de Walt Disney.

“Já tivemos pacientes que perguntaram se tínhamos a Bíblia. Havia um exemplar conosco e deixamos com eles”, conta. O grupo também dispõe de revistas de assuntos diversos, desde carros, semanais, de informação, para o público adolescente e até revistas de fofoca. Todo o material é fruto de doação de pacientes e funcionários. São realizados, segundo Thaís, cerca de 50 atendimentos por mês.

Thais comenta que essa atividade fez com que um paciente contasse toda a sua trajetória de internação dentro do Hospital das Clínicas. “Ele falou sobre todos os setores que já havia passado no HC e os motivos das internações. Por fim, disse que o melhor lugar que havia ficado tinha sido o IOT”, afirma. Segundo ela, uma das idéias do grupo, para o futuro, é passar a anotar essas histórias para publicá-las, seja interna ou externamente. “Mas por enquanto ainda estamos estudando essa possibilidade, firmando mais o projeto, para empreender a iniciativa”, finaliza a terapeuta ocupacional.

Mais informações: (11) 9602-0652 ou email humanizacao.iot@hcnet.usp.br, com Thais dos Reis Olher

Fonte: Agência USP

Pelas Ruas: projeto independente instala estante de livros em parada de ônibus



Já pensou em ler poesias de Machado de Assis e Gonçalves Dias enquanto espera o ônibus? No bairro Bela Vista, em Porto Alegre, é possível. O coletivo de arte Estúdio Nômade montou uma estante para livros na Avenida Nilo Peçanha, na altura do número 106. O propósito do grupo, segundo informaram o administrador de empresas Aron Krause Litvin, 25 anos, e o psicólogo Daniel Müller Caminha, 25, é questionar a civilidade da população.

— Queremos mostrar que a cidade pode ter mais poesia no cotidiano. Nossa vida é tão regrada, cheia de leis. Temos que colocar arte para que o dia fique mais bonito — comenta Aron.

O projeto independente chamado Estante Pública nº 1 teve início na madrugada desta quinta-feira, dia 5, quando cerca de 50 livros foram colocados nas prateleiras. Segundo Daniel, a intervenção não tem como objetivo exclusivamente o incentivo à leitura, ela "propõe a discussão sobre como as pessoas se apropriam do espaço público".

— A idéia é que pessoas tenham uma consciência coletiva. Ocupamos com arte espaços públicos que estão inutilizados. É um espaço de troca. É para aproveitar os livros sem ter a necessidade de levar para casa e, se o fizerem, que tragam de volta — comenta Aron.

O zelo com a conservação das obras e a certeza de que não serão roubados tornou-se uma preocupação dos moradores do bairro.

— Eu vi quando os livros foram colocados ontem e hoje percebi que a estante estava mais vazia pela manhã. Já fiquei chateada. Espero que quem tenha pego, que devolva — diz a dona de casa Marilene Fick, 60.

O advogado Paulo Cícero DaCamino, sensibilizado com o sumiço de algumas obras, fez uma doação:

— Eu tinha alguns livros de Direito que não estava mais usando e coloquei lá nesta manhã. Acredito que à tarde, vou deixar mais alguns. Como à noite a parada fica no escuro, estou pensando em puxar uma extensão e colocar uma lâmpada próxima da estante.

Curiosidade

A arte urbana foi bem aceita pela população. Olhares curiosos vêm de motoristas e pedestres que passam pelo local.

— Vinha passando e me chamou atenção esse monte de livros e já parei para ler. Achei fantástico! — comenta a professora Maria Tereza Petrini, 57 anos.

A doméstica Maria da Graça Escobar Vaz, 54, passou pelo local com pressa ontem e fez questão de voltar nesta sexta-feira para dar uma olhada nos livros:

— Fiquei muito curiosa e feliz por essa iniciativa. Todos estão de parabéns.

O projeto deve ser ampliado, mas ainda não foi escolhido um local para nova intervenção. Mais detalhes podem ser conferidos no blog http://estantepublica.blogspot.com/


Fonte: Zero Hora

Fonte: Estante Pública

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A invenção da bicicloteca - Gilberto Dimenstein

Para sobreviver, Robinson Padial (Binho), 45, montou um bar em Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, mas o seu prazer é a poesia. Da mistura entre a necessidade de sobrevivência e o prazer, criou um ritual de final de ano.

Acompanhado de poetas, músicos e atores, sai pelas estradas parando nas cidades, onde promove saraus em praça pública. Nesta semana, eles vão até Paraty, passando antes por Santos.

Quando não está andando, Binho vai pedalando o que apelidou de "bicicloteca", para emprestar, doar ou receber livros. "A bicicloteca ajuda a interagir com as pessoas. Vamos contando histórias e ouvindo histórias."

A ideia das caminhadas nasceu no bar, onde Binho resolveu fazer, todas as segundas-feiras, um sarau -o concorrido Sarau do Binho. Ali, são emprestados livros, como se fosse uma biblioteca.

Um dos frequentadores daqueles encontros era o então motoboy conhecido como Serginho Poeta. Os dois escreveram o livro "Dois Poetas e um Caminho", no qual, entre outros assuntos, havia referências à América Latina. Veio então a proposta de sair viajando pelo continente. Não deu certo. "Não queria sair viajando de moto", conta Binho.

Andar a pé pela América Latina não parecia viável.

Preferiram ficar dentro do Brasil, parando nas vilas e cidades. A cada ano, juntaram-se mais artistas, quase todos da zona sul e frequentadores do Sarau do Binho. Para Binho, a rua tem uma imagem de liberdade -uma imagem que, segundo ele, veio por causa do livro que mais emocionou sua adolescência.

Ele leu "Capitães da Areia", de Jorge Amado, que fala da vida de rua de Salvador, com seus meninos. "Eu estava entrando em meu borbulho hormonal e fiquei deslumbrando com as descrições que o Jorge Amado era capaz de fazer."

Uma de suas experiências libertárias de rua foi num ano eleitoral.

Com um grupo de amigos, todos poetas, saía pela madrugada munido com cartazes, escadas e um balde de cola. Pregava, então, poesias na cara dos candidatos -esse protesto, iniciado em Pinheiros, espalhou-se pela cidade. "Muita gente ainda fala que se lembra dessa história."

As caminhadas da trupe pelas cidades aliaram, enfim, a visão libertária da rua com a poesia. Como não tem dinheiro para ficar em hotéis, eles acampam, dormem em igrejas ou escolas. "Sempre se dá um jeito, desde que tenha uma praça pública para a gente se encontrar."

Para manter a prática do bar de troca de livros -e era difícil levá-los nas costas-, alguém disse que deveriam colocar os volumes numa bicicleta. E, assim, surgia a invenção da "bicicloteca".

Fonte: Portal Aprendiz

Bicicloteca: bicicleta com biblioteca

Com o nome parecido com a Bibliocicleta, essa é a Bicicloteca.
Parabéns Binho e galera pela iniciativa!
















A repórter Cristiane Gomes foi até o bairro do Campo Limpo, em SP, pra conhecer a biblioteca que chega na quebrada de bicicleta: a bicicloteca. O Manos e Minas é um programa da TV Cultura


Conheça a Bicicloteca - Programa OLGA BONGIOVANNI


Fonte: Bicicloteca

Bibliocicleta: bicicleta e livros

Bibliocicleta - Design de objeto para disseminação da leitura e intervenção em comunidades.

Esse foi o meu trabalho de conclusão do curso de Design da Escola de Belas Artes da UFBA.

O trabalho surge a partir de uma demanda do Água Comprida - Fórum Permanente de Cultura de Simôes Filho, intituição sem fins lucrativos que trabalha em prol da produção artítica e cultural da cidade. O Fórum precisava dar um destino nobre para livros que foram arrecadados a partir de doações de amigos e pessoas interessadas na democratização da leitura por via de uma biblioteca comunitária. O projeto da biblioteca comunitária precisou ser adiado, e por isso surgiu a necessidade de criar uma biblioteca itinerante para dar destino aos livros que foram doados com tanta boa vontade, e para que eles começassem a circular nas mãos daqueles que são privados do benefício da leitura.

O projeto foi todo baseado na utilização de recursos humanos e materiais disponíveis. 90% da materia prima utilizada veio das ruas, e a mão de obra foi toda voluntária. Também foi considerada, a leveza, resistência, e a possibilidade de replicação, para que possa ser produzido em qualquer comunidade que se interesse e por qualquer pessoa.


Fonte: Augusto Leal

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Brasileiro lê menos que há dois anos

Pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ revela que aumentou a parcela de pessoas desinteressadas em atividades culturais
Ubiratan Brasil















HÁBITO CONDENADO - Maioria das pessoas (60%) respondeu não ter o costume de ler, enquanto 22% confessam não gostar: assistir à TV é o passatempo preferido dos brasileiros


O brasileiro hoje lê menos livros, visita menos exposições de arte e assiste a menos espetáculos de dança que em 2007. A queda foi detectada em uma pesquisa realizada pela Fecomércio do Rio de Janeiro, cujo objetivo é o de mensurar os hábitos de lazer relacionados à cultura. Em compensação, as pessoas aumentaram sua ida ao cinema e mantiveram o mesmo índice de visita ao teatro e aos shows de música.
O levantamento teve alcance nacional e foi realizado em mil domicílios situados em 70 cidades, incluindo 9 regiões metropolitanas. As apurações, realizadas em dezembro tanto no ano passado como em 2007, buscavam entender a visão da população sobre atividades culturais de lazer e os motivos que a levam a procurar por essas atividades. Também interessou descobrir a avaliação dos consumidores sobre sua participação no ambiente cultural.

As conclusões não foram animadoras. Para a questão a respeito do hábito cultural, como ler um livro, assistir a um filme no cinema, visitar exposições, ir ao teatro e a espetáculos de dança, 60% das pessoas responderam não ter praticado nenhuma daquelas atividades (em 2007, a cifra era de 55%). Motivo: falta de hábito ou gosto.

Já entre aqueles que desfrutaram ao menos um dos hábitos, a maioria (ou seja, 23%) disse ter lido um livro. A leitura, porém, parece estar cada vez mais em desuso pois, dois anos antes, a mesma atividade era confirmada por 31% das pessoas consultadas. A partir dessas cifras, a pesquisa buscou dissecar os motivos daquela queda: 60% das pessoas responderam não ter o hábito da leitura, enquanto 22% foi direta, afirmando não gostar de ler. A restrição econômica não aparece como determinante, uma vez que apenas 6% confessaram não ter como pagar pelos livros.

O teatro enfrenta situação semelhante, pois 38% das pessoas disseram não ter o hábito de frequentar as salas de espetáculo, enquanto 27% garantiram não gostar de assistir a uma peça teatral.

Quais seriam, então, os hábitos culturais dessas pessoas? As respostas não foram surpreendentes - 68% dos entrevistados declararam-se espectadores da TV, enquanto 14% preferem ir à Igreja ou a algum culto religioso. Encontrar amigos e parentes em um churrasco ou em um almoço é o hábito de 12%. Ir a barzinhos foi a resposta de 9%, enquanto futebol é a preferência de 8% dos entrevistados. Finalmente, ir a restaurantes foi a resposta dada por 4%.

Se pudessem escolher entre as atividades apresentadas, a maioria das pessoas (22%) preferiria ir ao cinema, acompanhada de perto por aqueles que ambicionam ir a um show musical (21%). Curiosamente, 17% dos consultados revelaram desinteresse por todas as opções. Depois de analisar os dados, Orlando Diniz, presidente do Sistema Fecomércio-RJ, respondeu às seguintes questões.

Para resolver o problema do baixo índice de leitura no País seria preciso uma política pública ampla, que ataque várias questões relacionadas ao tema? Ou seja, mais incentivos do governo na educação e na construção de mais bibliotecas?
A opção "ler um livro" aparece no topo do ranking de preferências dentre a minoria que usufruiu pelo menos uma das atividades culturais listadas na pesquisa. A preferência pelo livro encontra justificativa pelo fato de ele estar mais ao alcance da população e ter o benefício de permitir uma ampla circulação de um mesmo produto. Pelo levantamento da Fecomércio-RJ, se compararmos a parcela de brasileiros que leem com os que vão ao teatro, ao cinema, a um espetáculo de dança, uma exposição ou a um show é possível observar que, apesar de baixo, o brasileiro opta pela leitura dentre todas atividades de lazer cultural citadas na pesquisa. A pesquisa nos inclina a pensar que as ações devem ser desenvolvidas no sentido de criar o hábito e desenvolver o gosto das próximas gerações por atividades culturais. Segundo o IBGE, 89,1% dos municípios brasileiros possuem bibliotecas públicas. A meta é repensar o papel da cultura numa sociedade moderna que não considera lazer cultural como uma forma de entretenimento.

Sobre o preço, a reclamação do leitor reflete a tese de que o livro não ocupa um papel fundamental na nossa cultura e economia?

O levantamento mostra que há uma inércia em relação à cultura que não passa necessariamente pela questão do preço, mas pela falta de hábito. Tanto que o porcentual de brasileiros que não leem porque é caro (2%) aparece como o quinto motivo, bem depois de "não tenho o hábito" e "porque não gosto". Isso nos leva a crer que a questão é intergeracional - em geral, os pais não têm o hábito de frequentar "ambientes culturais", como museus, cinema ou teatro, e, por isso, não estimulam os filhos.
Se um trabalho coerente e de eficácia garantida fosse iniciado hoje, é possível prever quando o índice atingiria números aceitáveis?
Não é possível fazer uma previsão desse tipo porque a eficácia vai depender da recepção do público que, como já vimos, passar por uma questão intergeracional. É preciso uma ruptura com os paradigmas, um esforço nacional de longo prazo para interromper a inércia da falta de incentivo aos hábitos de cultura, nesse caso de leitura. Afinal, para gostar, é preciso conhecer, e a valorização de hábitos culturais tem de começar cedo.

Em Números
LEU ALGUM LIVRO
23% (2009) contra 31% (2007)

ASSISTIU A ALGUMA PEÇA OU ESPETÁCULO DE TEATRO
6% (2009) ante 6% (2007)

VISITOU ALGUM TIPO DE EXPOSIÇÃO DE ARTE
4% (2009) contra 8% (2007)
FOI AO CINEMA
18% (2009) contra 17% (2007)

FOI A ALGUM TIPO DE SHOW DE MÚSICA
20% (2009) ante 20% (2007)

ASSISTIU A ALGUM ESPETÁCULO DE DANÇA
4% (2009) contra 7% (2007)

Fonte: Estadao.com.br

Entrevista com Michèle Petit, autora de 'A arte de ler'

Numa das muitas histórias sobre grupos de leitura em regiões em conflito reunidas em "A arte de ler" (editora 34, tradução de Arthur Bueno e Camila Boldrini, R$ 42), a antropóloga francesa Michèle Petit conta o caso dos bibliotecários da Comuna 13, um conjunto de bairros pobres na periferia de Medellín. No fogo cruzado entre guerrilheiros das FARC e paramilitares colombianos, a biblioteca se transformou em ponto de encontro (e, muitas vezes, em abrigo) para jovens da vizinhança, que encontravam nas atividades promovidas pelos funcionários e nos livros disponíveis nas estantes um refúgio momentâneo para a brutalidade da rotina.

A história pode sugerir uma visão um tanto romântica da cultura como antídoto para a barbárie (impressão reforçada pelo subtítulo do livro, "Como resistir à adversidade"), mas Michèle Petit argumenta, em entrevista ao GLOBO, que o trabalho de pessoas como os bibliotecários de Medellín nada tem de ingênuo: "eles sabem que a literatura não vai reparar as violências ou as desigualdades do mundo, mas observam que ela oferece um apoio notável para colocar o pensamento em ação, para provocar o autoquestionamento, suscitar um desejo, uma busca por outra coisa", diz.

"A arte de ler" relata experiências desenvolvidas por mediadores de leitura em "espaços em crise" — locais afetados por confrontos armados, catástrofes naturais, pobreza e migrações forçadas — em diversas regiões, mas sobretudo na América Latina (inclusive no Brasil). Nestas situações, sugere a autora, mais importante que a interpretação do texto é o encontro ao redor do livro: a leitura funciona como um catalisador para discussões em grupo sobre questões (pessoais ou coletivas) despertadas pelas obras.

Autora de "Os jovens e a leitura" (publicado também pela editora 34), no qual reflete sobre os desafios da tão debatida "formação de leitores", Michèle critica nesta entrevista a forma como o tema costuma ser abordado ("Certos discursos de glorificação da leitura dão vontade de jogar videogame!", brinca) e defende que as situações extremas relatadas em "A arte de ler" podem inspirar novas abordagens para a difusão da leitura.

"A arte de ler" fala de experiências de leitura em locais que a senhora chama de “espaços em crise”, sobretudo na América Latina. Por que escolheu esses lugares e que tipo de atividade encontrou neles?

MICHÈLE PETIT: Há muito tempo observa-se que a leitura ajuda a resistir às adversidades, mesmo nos contextos mais terríveis. Mas a maior parte daqueles que deram testemunho disso estavam imersos desde a infância na cultura escrita. As experiências que me interessaram na América Latina reúnem crianças, adolescentes ou adultos com pouca escolaridade, vindos de famílias pobres, que cresceram longe dos livros. Por exemplo: na Colômbia, jovens saídos da guerrilha ou de grupos paramilitares, toxicômanos, soldados feridos, populações desalojadas; na Argentina, mães de crianças pequenas em situação de extrema pobreza, jovens que sofreram abusos ou vítimas de catástrofes naturais. Essas experiências literárias compartilhadas se desenrolam em espaços de liberdade, sem registros escritos nem controle de presença, sem preocupação com rendimento escolar imediato nem resultados em termos quantitativos. O dispositivo é aparentemente muito simples: um mediador propõe suportes escritos a pessoas que não estão acostumadas a eles, lê alguns em voz alta, e então um relato ou um debate surgem entre os participantes. Os textos lidos despertam seus pensamentos e palavras. Não porque esses textos evoquem situações próximas das que eles viveram. Aqueles que têm um efeito "reparador" são em geral até muito surpreendentes. Através de um conto ou poema qualquer escrito do outro lado do mundo, eles leem páginas dolorosas de sua vida de forma indireta, falam de sua própria história de outra maneira, e conseguem compartilhá-la.

Quais são as principais diferenças entre a leitura individual e a experiência coletiva que é a leitura mediada?

MICHÈLE: Há séculos a leitura é associada à imagem de um leitor — e mais ainda, talvez, de uma leitora — solitário e silencioso, numa intimidade autossuficiente. Isso pode contribuir para afastar da leitura pessoas que vivem em meios onde se dá preferência a atividades coletivas e onde o ato de se colocar à parte do grupo é visto como rude. As experiências de leitura compartilhada, ao contrário, podem facilitar a apropriação dos textos, desde que eles não sejam percebidos como algo imposto. O interessante nos casos que estudei é que eles se desenrolam num quadro coletivo, mas onde cada pessoa é objeto de atenção singular. Cada um é ouvido com atenção, disponibilidade e confiança em sua capacidade e criatividade. Os ritmos ou as culturas próprias a uns e a outros são respeitados, suas palavras recebidas e valorizadas. Esses jovens são frequentemente solicitados, e formados, para tornarem-se também mediadores de leitura para outros, como faz, por exemplo, o grupo A Cor da Letra, no Brasil. É uma forma coletiva, mas que dá lugar a vozes plurais, a uma escuta mútua, a singularidades. A leitura solitária não se opõe a esses pequenos grupos livremente constituídos onde o tempo de leitura e discussão é repartido e onde cada um se retira em seguida para sua casa, levando consigo fragmentos de páginas lidas e palavras compartilhadas. Tanto uma quanto a outra desenham espaços de liberdade e, às vezes, de resistência.

Segundo o livro, os mediadores veem seu trabalho como uma atividade "cultural, educativa e, em certos casos, política". Qual seria a dimensão política da difusão da leitura?

MICHÈLE: Aqueles cujo trabalho acompanhei acreditam trabalhar por algo muito maior, que é de ordem cultural, poética, educativa e, em alguns aspectos, política. Eles não são ingênuos, sabem que a literatura não vai reparar as violências ou as desigualdades do $, mas observam que ela oferece um apoio notável para colocar o pensamento em ação, para provocar o autoquestionamento, suscitar um desejo, uma busca por outra coisa. E numa época em que os partidos políticos não conseguem fazer isso, a leitura compartilhada aparece como um meio de mobilizar as pessoas, de driblar a repressão à palavra e produzir experiências estéticas transformadoras (além de favorecer a aproximação da cultura escrita). Estes professores, bibliotecários, escritores, psicólogos, ou simples cidadãos, se engajam numa ampla partilha do texto, mas também na construção de uma sociedade mais democrática e solidária.

Alguns argumentos a favor da leitura de obras literárias fazem com que ela pareça mais uma obrigação ou uma necessidade do que um prazer. Como fazer esse trabalho de difusão e, ao mesmo tempo, preservar a dimensão lúdica da leitura?

MICHÈLE: Certos discursos de glorificação da leitura dão vontade de jogar videogame! E os discursos jamais fizeram alguém ler, tampouco as campanhas de massificação para "criar" ou "formar" leitores. Seja pai ou professor, quem diz que uma criança tem que ler (ou pior: que tem que gostar de ler!) faz da leitura um fardo ao qual ela precisa se submeter para satisfazer os adultos. O impasse está garantido se quem diz que "ler é um prazer" não tem nenhum gosto pela leitura: a criança vai sentir que a pessoa não está sendo sincera. O belo discurso transmite o contrário do que pretendia. Afinal, no fim das contas, por que alguém se torna leitor? Na maior parte do tempo, porque viu a mãe ou o pai mergulhado nos livros quando era pequeno e se perguntou que segredos eles podiam desvendar ali. Ou porque eles leram histórias em voz alta, dando à criança liberdade de ir e vir, sem conferir constantemente se ela tinha entendido bem. Ou ainda porque as obras que havia em casa eram assunto de conversas intrigantes ou divertidas. Em certas famílias, as chances de ter essas experiências vêm de nascença ou quase. Em outras, os livros evocam para os pais nada além de lembranças de humilhação e tédio. Junte-se a isso as dificuldades econômicas e a distância dos locais onde se pode encontrar suportes escritos. Nessas famílias, se as crianças ou adultos acabam lendo, e até vivendo a leitura com alegria, é graças a um encontro, ao acompanhamento caloroso de um mediador (professor, bibliotecário, amigo, assistente social...) que tem gosto por livros e sabe tornar esses objetos desejáveis, o que é uma arte. Essa arte passa por um trabalho sobre si mesmo, sobre sua própria relação com os livros, para que a criança e o adolescente não digam: "Mas o que ele quer, esse aí, por que ele quer me fazer ler?" É esta arte que está no coração das experiências que estudei e no coração do meu livro. Ela tem que ser apoiada, encorajada, e as iniciativas desses mediadores devem ser difundidas e multiplicadas, por uma vontade política, para que seja dada a todos, onde quer que vivam, uma chance de encontrar ecos de sua experiência humana, de descobrir outros mundos e de se apropriar realmente dos textos — o que é completamente diferente de aprender a ler.

Fonte: O Globo

Responsabilidade social e Leitura: Biblioteca Móvel da Itapemirim

"A Biblioteca Móvel Itapemirim viaja o Brasil, incentivando a leitura e promovendo o acesso à informação e desenvolvendo várias atividades: empréstimos de livros para leitura local, rodas de leitura, histórias com fantoches, oficinas lúdicas, projeção de filmes, jogos interativos, abertura de espaço para apresentações culturais de artistas locais e capacitação de multiplicadores voluntários, entre outras."

"Dentro de nossas ações de responsabilidade social que promovem o acesso da população à informação, o grupo Itapemirim conhece, acredita, valoriza e estimula a diversidade cultural brasileira."

"A Biblioteca Móvel Itapemirim é uma biblioteca itinerante, estruturada em um ônibus adaptado e com objetivo de promover o incentivo à leitura e a disseminação da informação."

"O projeto destina-se aos mais diversos públicos: adultos, jovens e crianças, moradores de centros urbanos, periferias e zonas rurais."

Saiba mais>>>

Fonte: Itapemirim

Bibliotecas itinerantes em açougues e até em paradas de ônibus

Piracicabana deixa títulos em locais públicos para serem passados à frente

Eliana Teixeira

O que você faria se encontrasse um livro no banco de uma praça, rodoviária ou em qualquer outro local público? Se sua atitude é pegar levar, ler e depois guardar o livro numa prateleira em casa, saiba que estará impedindo que ele vá parar nas mãos de muitos outros leitores. Pela filosofia do livro errante, projeto com adeptos em comunidade virtual no orkut (www.orkut.com.br) no Brasil e em todos os lugares do mundo, o livro sempre deve ser passado a diante, para estimular a todos o hábito da leitura.

A piracicabana Aline Gevartosky, 21, comerciante, faz parte de um dos cerca de 15 grupos virtuais do livro errante existentes no País. Em todo o Estado de São Paulo, destaca Aline, em torno de cinco pessoas participam do grupo, que promove a troca de livros entre seus membros. "Tem gente de todos os estados e até uma brasileira que mora na Itália", conta.

Fugindo do Medo, do escritor escocês A. J. Cronin (1896-1981), foi o livro escolhido por Aline, nessa quinta-feira (1º), para ser deixado num banco no Terminal Intermunicipal Rodoviário. Curiosamente, o título faz lembrar da fuga do apego às coisas, tão necessária para que alguém tire um livro de sua estante, mesmo que ele se encontre há anos na prateleira, para doá-lo a alguém que não conhece. "E muitas pessoas têm medo que quem encontrá-lo não vai ter cuidado com ele. É preciso se libertar do medo, para passar um livro para frente", analisa.

Esse foi o terceiro livro que Aline deixou em local público. Ela deixou livros na praça José Bonifácio e no Shopping Piracicaba. Aline defende a idéia de que a cultura deve ser democratizada e, para isso, os adeptos do movimento do livro errante têm de ser pessoas desprendidas. Mas ela admite ter em casa 30 títulos que não consegue se desfazer. "Gosto muito de romance literário e esses são de estimação. Não dou nem empresto", diz, sorrindo.

Admiradora de autores como, J.J. Benítez, José Saramago e Clarice Lispector, Aline lembra que é comum no exterior, principalmente, na Europa, as pessoas aderirem ao movimento do livro errante. Antes do ato de desprendimento, é importante que se coloque no livro uma frase para identificar o movimento. A frase pode ser algo como: "este livro não pertence à ninguém. É um Livro Errante. Se caiu em suas mãos, honra-o com tua leitura, e o deixe seguir viagem".

Na rodoviária, algumas pessoas demonstraram-se surpresas com a atitude de Aline, mas consideraram ótima iniciativa passar um livro para frente. Cinthia Fioravanti, 22, estudante de fisioterapia, diz que atitudes como essa são fundamentais para que pessoas sem poder aquisitivo possam ter acesso à leitura. "Tem muita gente que gosta de ler mas não tem a oportunidade de comprar livros", enfatiza.

Para Bruna Nicolosi Franzini, 21, estudante de ciências dos alimentos, a idéia de criar uma corrente de leitores é fantástica. Fora a leitura básica para a faculdade, Bruna lê dois livros por mês. Ela gosta de romances policiais, suspense, principalmente os de Sidney Sheldon. "Não sabia desse movimento. Agora que sei, eu deixaria um livro para outra pessoa", garante.

Apesar de elogiar a iniciativa, Suzana Kaori Ura, 19, estudante de matemática, diz que não conseguiria deixar um livro seu em local público para alguém que não conhece e, provavelmente, jamais conhecerá. O motivo, explica Suzana, é o apego que pelos seus livros. "Mas o pessoal que consegue se desapegar está incentivando o hábito da leitura, o que é ótimo", afirma.

Colega universitário de Suzana, Lucas Galvão, 18, também elogia a filosofia do livro errante, porém admite não ter coragem de passar à frente um de seus livros. Nem mesmo os títulos que não lê há muitos anos, Lucas seria capaz de passar para outra pessoa. Ele diz que pode querer ler "algum dia" o livro que está esquecido na estante. "Mas se eu encontrar um livro errante, não vou passar para frente. Por quê? Ah, porque eu vou me apegar ao livro, né", declara, uma com franqueza quase pueril.

Virtual

Aline Gevartosky diz que no Brasil, a comunidade do livro errante no orkut foi criada há mais de dois anos por um jovem gaúcho. A comerciante participa desde o início deste ano e leu mais de 20 livros por meio de troca entre os membros. Cada um dos 15 grupos, detalha Aline, tem de 10 a 12 participantes. Assim como os livros que são deixados em locais públicos para que outras pessoas possam ler e dar seqüência ao movimento, as obras trocadas pela internet cumprem a mesma função.

Para não perder de vista os participantes e acompanhar a rapidez do movimento, ressalta Aline, é preciso acessar à internet com freqüência. Ela entra no site mais de uma vez por dia. Cada participante precisa indicar de dois a três títulos de temas livre, romance ou ficção, para elaboração de lista com os nomes a serem trocados.

Nessa lista, cita Aline, aparecem Uma Carta de Amor, de Nicholas Sparks, O Fantasma da Ópera, de Gaston Leroux, Todo os Nomes, de José Saramago, entre outros. "O livro que eu recomendo, envio pelos Correios e em outro lugar do País, a pessoas que recebeu vai mandar o dela para mim", relata.

Fonte: Gazeta de Piracicaba

Borrachalioteca: Mistura de Borracharia e Biblioteca









sábado, 20 de fevereiro de 2010

Vamos ler mais? Dia Internacional do Livro é comemorado neste domingo

Conheça projetos em Rio Preto de incentivo a leitura
21/11/2009

Este domingo é o Dia Internacional do Livro. Para aqueles que ainda não tem o hábito de ler, quem sabe, não seja um 'bom dia' para começar a leitura daquele livro esquecido na prateleira??


Dados de uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Livrarias mostram que o Brasil continua bem atrás de nações desenvolvidas quando o assunto é leitura.
De acordo com a pesquisa, o brasileiro lê em média, apenas dois livros e meio, por ano, enquanto os norte-americanos lêem 10 e os suecos e dinamarqueses lêem 15.
O exemplo pode vir dos mais jovens. Em Rio Preto, um projeto que leva a leitura aos bairros da cidade tem obtido bons resultados. O que era só um passatempo de infância se tornou prazer.
Os livros de historinhas e as ilustrações que toda criança adora fizeram com que os irmãos João Gabriel e João Miguel descobrissem desde cedo a importância da leitura. Hoje, são fascinados pelos livros.
Ficção, aventura, os heróis que enfeitam a imaginação das crianças. Os irmãos são dedicados, quando acabam a leitura de um, já começam outro.

O carro que leva conhecimento para os bairros de Rio Preto fica sempre rodeado pelas crianças. É lá que elas se divertem, passam horas com os olhos grudados nos livros.

A biblioteca ambulante está com as prateleiras lotadas, com títulos novos e grandes clássicos da literatura. Duas vezes por mês, a van visita o bairro e quem é apaixonado pelos livros logo corre para aproveitar!

No prédio no formado de aranha na região central de Rio Preto funciona a biblioteca municipal. Prateleiras cheias de livros, gêneros variados, títulos novos e antigos, um espaço para quem ama a leitura, mas que é pouco frequentado.

São mais de 46 mil volumes a disposição dos moradores. No andar dedicado às crianças, livros infantis que incentivam a leitura. A biblioteca de Rio Preto oferece de graça conhecimento e muita informação.

Fonte: Temmais.com

Ações ajudam crianças a melhorarem a criatividade lendo livros

Estimular o hábito da leitura desde a infância é uma atitude importante
28/11/2009

Estimular o hábito da leitura desde a infância é uma atitude importante. Pequenas ações que ajudam as crianças melhorando criatividade, linguagem, vocabulário e principalmente escrita.

Guardados na prateleira eles são apenas objetos. Mas quando as páginas começam a ser folheada, o mistério que há em cada livro se revela. Não é qualquer história que agrada. O texto precisa conquistar o leitor.
Cada título é um passaporte para conhecer um mundo novo. O autor escreve a trama com início, meio e fim. Mas o enredo nunca está pronto. Cada criança usa a imaginação para construir cenários e personagens.
Pais e educadores têm papel importante para incentivar o hábito da leitura. Ouvir e contar histórias também é uma maneira manter vivos folclore, lendas e tradições.
Depois da leitura o mais legal é discutir a história com os amigos. Em uma escola foi criado o Clube do Livro onde todos têm oportunidade de participar. Com o passar do tempo a leitura vira um prazer. Daí para se tornar um escritor é só desenvolver o talento.

Fonte: Temmais.com

Alunas de escola pública de Catanduva leem 300 livros em 2009 e são destaques de projeto

Elas fazem parte do projeto Centopéia, da secretaria estadual de Educação
03/12/2009 (atualizado às 16:20)

Uma noticia que vale como exemplo para todos estudantes, adultos, pais e filhos. Três alunas de uma escola pública de Catanduva leram 300 livros este ano. Cada uma! Isso mesmo, 300 livros cada uma. É muito mais do que a média nacional, de apenas 1, 3 livro por ano.

As estudantes fazem parte do projeto Centopéia, da secretaria estadual de Educação e que foi implantado em doze cidades da região, que são: Catanduva, Ariranha, Catiguá, Embauba, Itajobi, Marapoama, Novo Gorizonte, Palmares Paulista, Pindorama, Paraiso, Santa Adélia e Tabapuã. Mais de seis mil alunos participam do projeto. Além das três alunas que leram 300 livros, outros seis estudantes leram 200 livros e 13 alunos ultrapassaram 100 livros.

A proposta do projeto Centopéia é que cada aluno monte uma centopéia de papel. A cada livro lido, o estudante recebe uma parte do corpo da centopéia. Para atestar a realização da leitura, o aluno deve entregar um resumo da história, com personagens centrais e avaliação pessoal sobre a obra. Dentre os autores lidos, nomes como Monteiro Lobato, Machado de Assis, José de Alencar, Camilo Castelo Branco, Pedro Bandeira, Walcyr Carrasco e Gilberto Dimenstein, entre outros.

O projeto conta ainda com a participação de 12 alunos com deficiência visual (cegos ou com baixa visão), que leem livros em braile ou adaptados, e também com 440 alunos do Centro de Estudos de Línguas (CEL), que leem publicações em espanhol (Proyeto Cienpiés).

Fonte: Temmais.com

Leitura é importante para desenvolvimento de crianças e adolescentes

Cada título é um passaporte para conhecer um mundo novo
02/12/2009 (atualizado às 11:33)
Da Redação / Rodrigo Mansil

 Foto: Rodrigo Mansil














Estimular o hábito da leitura desde a infância é uma atitude importante. Pequenas ações que ajudam a criança melhorando criatividade, linguagem, vocabulário e principalmente escrita.

Guardados na prateleira eles são apenas objetos. Mas quando as páginas começam a ser folheada, o mistério que há em cada livro se revela. E não é qualquer história que agrada. O texto precisa conquistar o leitor.

Cada título é um passaporte para conhecer um mundo novo. O autor escreve a trama com início, meio e fim, mas o enredo nunca está pronto. Cada criança usa a imaginação para construir cenários e personagens.

Foto: Rodrigo Mansil














Pais e educadores têm papel importante para incentivar o hábito da leitura. Ouvir e contar histórias também é uma maneira manter vivos folclore, lendas e tradições.É importante aprender desde cedo e o ambiente para a leitura têm que ser estimulante e adequado.

Depois da leitura o mais legal é discutir a história com os amigos. Em um escola de Rio Preto, foi criado o clube do livro, onde todos tem oportunidade de participar. Com o passar do tempo a leitura vira um prazer. Daí para se tornar um escritor é só desenvolver o talento.

Giovanna e João Vitor estudam na mesma escola e entre uma aula e outra distribuem autógrafos. Os dois publicaram um livro em parceria, ele escreveu contos e ela buscou inspiração para fazer poesias.

Campanha de Incentivo a leitura do Discovery Kids









As campanhas de leitura

Campanha de Leitura Rede Globo



Vício - Incentivo à leitura - PPTV 2008



"Ler devia ser proibido"




Campanha de incentivo a leitura MTV



Chamada SBT - Incentivo a Leitura



Publicidade Campanha de Incentivo a Leitura Record



Campanha de leitura da Imprensa Oficial 2009

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Projeto "A Criança e a Biblioteca" - Prefeitura Municipal de Maringá

Projeto lançado em 18/04/05 no auditório da Sala Joubert de Carvalho em Maringá - Pr

Uma nova proposta de atendimento e organização do acervo de literatura infanto-juvenil em biblioteca pública, visando o incentivo à leitura.

Autoria: Fernanda Mecking Arantes e Zery Monteiro
Colaboração : Andréa Cardoso Costa, Cristiane Mafalda Rigolin, Drieli de Cássia da Silva, Guilherme Rocha Duran e Fabio Peruzi Bonissoni
















Saiba mais >>>

Fonte: Biblioteca Pública de Maringá

Plano Nacional de Leitura - José Pacheco Pereira

Depoimento do Historiador e Professor Universitário José Pacheco Pereira sobre hábitos de leitura.

Biblioteca Minervina dos Santos

Matéria da TV Gazeta (Globo) sobre salas de leitura e projetos de incentivo a leitura na cidade de Maceió

What digital natives want from their library - O que os nativos digitais querem na sua biblioteca

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A biblioteca vai ao restaurante

Rosângela Angonese

No país em que menos de 8% da população brasileira compra livros, conforme divulgado neste site, iniciativa como a do Quintana Café & Restaurante em Curitiba é louvável do ponto de vista da cultura e do incentivo a leitura.


Do ponto de vista dos negócios, a iniciativa nos estimula a refletir sobre o que é inovação.

Quando pensamos em inovação logo vêm à cabeça os produtos high tech, os altos investimentos em pesquisa e gênios desvendando coisas completamente mirabolantes e jamais imaginadas.

Pode ser que inovação seja isso, mas também é a criação de processos diferenciados a partir de ideias simples e criativas como as implementadas pelo Quintana Café & Restaurante, em Curitiba.

O Quintana, como o nome sugere, é um café e restaurante inspirado na poesia, na literatura e, é claro, no escritor gaúcho Mario Quintana. Lá a literatura e a gastronomia convivem em harmonia. Um dos sócios, editor literário, abriu sua biblioteca particular para os clientes, que podem folhear ou ler os livros no próprio restaurante e até levá-los para casa como empréstimo. E o mais incrível, preenchendo uma simples ficha com telefone e e-mail, os clientes levam e trazem honestamente os livros emprestados.

Enquanto comem os clientes apreciam artistas locais recitarem poemas ou contando estórias, além de poderem ouvir uma boa música ao vivo, variando o estilo a cada dia da semana.

Pelo lado da gastronomia, ele também não deixa para menos, localizado numa área nobre da cidade, cultiva nos seus jardins todos aqueles temperinhos que dão cheiro e sabor à comida: manjericão, alecrim, sálvia, etc.

Ao degustar a comida a sensação é de estar saboreando o frescor daqueles temperinhos da horta, vistos do corredor que conduz ao interior do restaurante.

O exemplo desse empreendimento mostra que idéias simples e cuidados com os detalhes transformam um negócio ordinário num empreendimento diferenciado e de extraordinária delicadeza.

Fonte: Blog do Sidney

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

É de criança que se forma um leitor

Por Jean Souza Romeiro

Estudo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) referente ao hábito da leitura em 52 países revela que o Brasil ocupa a 47ª posição. Mais do que isso, mesmo tendo elevado a média de livros que os brasileiros leem por ano de 1,8 para mais de quatro nos últimos anos, o ranking é um sinal de alerta para que haja maior empenho em relação à Educação. Em países desenvolvidos, uma pessoa lê em média 10 livros ao ano.

Na opinião da Claudio Amadio, criador da Cidade do Livro, há que se comemorar a transformação por que a educação vem passando. “Percebemos uma ação conjunta de pais e educadores no sentido de desmistificar a ideia de que os livros são chatos e de mostrar na prática que é perfeitamente possível se divertir em meio a livros e num ambiente cultural”.

Amadio revela que a cada ano aumenta o número de escolas que adotam o primeiro parque temático cultural brasileiro como passeio. Inaugurada há 12 anos, a Cidade do Livro combina diversão e cultura em um grande espaço, onde as crianças são recebidas num cenário de livros gigantes. Cerca de 10 mil educadores e 80 mil alunos realizam o passeio monitorado todos os anos, entre os meses de março e dezembro.

“Muitos educadores relatam ter percebido que as crianças passaram a se interessar mais por livros depois de visitar a Cidade do Livro. Mas há outras atitudes que devem ser tomadas para incentivar a leitura. Quando os livros são enaltecidos em sala de aula, por exemplo, os alunos geralmente se sentem motivados a ler em casa, junto aos pais e aos irmãos”, diz o empresário.

Claudio Amadio aponta 5 dicas para formar bons leitores:

1. Maior participação dos pais. “Além de estreitar os laços familiares, a leitura favorece a diferenciação entre a palavra escrita e a impressa, permitindo que a criança construa um vocabulário mais rico, desenvolva habilidades auditivas e concentração, crie o gosto pela literatura e encare a leitura como uma alternativa de lazer para a família.”

2. Comprometimento da escola. “Cada vez mais os educadores integram o incentivo à leitura e o letramento aos projetos interdisciplinares da escola. Tanto as escolas particulares como as públicas vêm desenvolvendo excelentes projetos de leitura. Em face das limitações de verba, o ideal sempre fala mais alto e a criatividade acaba compensando.”

3. Envolvimento da iniciativa privada. “Com a criação de leis de incentivo à cultura, tanto federal (Lei Rouanet) como estadual (ProAC/SP), a iniciativa privada já está se dando conta do importante papel social que pode e deve desempenhar. Devido ao bom uso de recursos públicos, crianças de outros estados estão entrando em contato com o projeto itinerante da Cidade do Livro, por exemplo.”

4. Maior atenção das editoras, livrarias e autores. “No Brasil, temos poucas livrarias em relação à nossa área física e à população do país. Mesmo assim, um livro fechado na estante apenas decora o ambiente. Por isso, é preciso intermediar esse contato com o livro de maneira lúdica e criativa. Cada vez mais as crianças têm acesso a livros que se diferenciam nos formatos, tipos, ilustrações e assuntos. Existem livros para todas as idades e todos os bolsos, com muita qualidade nos textos de escritores nacionais e nos textos traduzidos”.

5. Aumentar oferta de diversões globalizadas. “Este quesito combina iniciativas mistas, que partem tanto do governo, como das empresas, das escolas, dos pais e da mídia. Ao lado dos esportes, das viagens, do videogame e da televisão, é importante que a oferta de programas de lazer passe a enfatizar mais a diversão e a cultura ao mesmo tempo. Crianças habituadas desde pequenas a rituais culturais certamente desenvolvem maior interesse pela leitura na fase adulta”.

Fonte: Porto Cultura

Métodos para contar histórias

Principles of Story Telling, Barry McWilliams
Traduzido e publicado com autorização do autor.

Ao escolher um método, comece por analizar a história e qual o seu objetivo. Em geral use:
Narração: quando a história tem um enredo simples e elementos familiares.

Participação ou cantos: quando você tem partes que se repetem frequentemente e/ou frases engraçadas.

Material visual: quando a história for complicada ou contiver elementos desconhecidos.

Histórias caracterizadas: teatro, fantasias ou um único boneco. Quando o envolvimento ou o teatro ajudam a enfatizar a mensagem da história ou para facilitar a expressão de sentimentos e pensamentos interiores.

Dramatização: quando se quer ilustrar uma aplicação da mensagem ou se tem muitos personagens de igual importância.

Outras possibilidades são:

# Ler a história diretamente para as crianças. Ao se preparar leia a história diversas vezes e pelo menos uma vez em voz alta. Ao ler para as crianças seja tão animado como se estivesse contando-a; leia devagar e olhe nos olhos das crianças.

# "Vamos fazer de conta" muito bom para explorar atos e suas consequências.

# Contar uma experiência; algo que aconteceu a você, e de preferência que não te coloque como um "bom" exemplo.

# Discussão / perguntas e repostas (melhor com crianças mais velhas); lembre-se que uma história biblica não é uma palestra.

Métodos Envolventes:

# História participativa. Como quando um mágico usa alguém da platéia.

Em geral nós guardamos 60% do que fazemos, 30% do que apenas vemos e apenas 10% do que apenas escutamos.

# Coros, cantos e histórias com eco. O professor combina com as crianças uma frase ou atitude à qual elas devem responder com uma palavra ou gesto específico. Ou faça com que as crianças criem os efeitos sonoros de acordo com a história sempre que você indicar. É impressionante a quantidade de coisas que eles memorizam assim.

# Pantomima: É especialmente eficaz com grupos pequenos de crianças menores, em que eles "participam" na história ao representar.

# Teatralizando: apos contar rápida e resumidamente a história deixe as crianças se tornarem os personagens.

# Jogo de personificação: cada criança assume um personagem e deve reagir às situações que você apresenta.
Métodos visuais:

# Histórias em sequencia: a medida que a história evolui, use uma série de figuras para ilustrá-la. Livros de colorir são boas fontes de material; Cuidado com: temporização (para que as figuras não sejam apresentadas antes do fato), controle o interesse do grupo e não distraia a atenção deles dos pontos importantes.

# Quadros de Figuras ou palavras: A chave aqui é o elemento surpresa (o que será acrecentado depois?)

# Figuras misteriosas: a medida que a história é contada vá desenhando uma série de linhas e formas sem sentido até que as linhas se formem objetos reconhecidos que dão ênfase a partes da história. (Simplifique o trabalho fazendo os traços a lápis, bem claro, antes. Certifique-se que o quadro e o desenho são grandes o suficiente para ser vistos por todos. Falar e desenhar ao mesmo tempo é mais complicado que parece; conheça bem a história e pratique antes).

# Acrósticos: podem ser usados durante a lição preenchendo com as palavras no correr da história. (ex. escreva JESUS no quadro; a medida que a história continua escreva: José no J de Jesus, Esteve no E de Jesus, etc...

# Flanelógrafo: Muito útil se a sequencia, movimento e relacionamentos são importantes para a história.

Métodos visuais são especialmente importantes se objetos desconhecidos são parte da história. As vezes é melhor apresentar os objetos antes da história para evitar confusão durante a narrativa.

Outros métodos visuais incluem modelagem, dobraduras, quadros de giz, mapas...

Métodos dramáticos

Ao contar uma história, lembre-se que suas expressões faciais e gestos são tão importantes como o tom e o som da sua voz. Aprenda a exagerar emoções, desenvolva diferentes vozes e personalidades, conte histórias em "bumerangue", isto é você dialoga com você mesmo.

# História narrativa. O professor assume a postura de observador / testemunha, até as vezes usando uma fantasia. Ajude as crianças a "estar lá" com você, ver através dos seus olhos.

# Esquetes ou quadros vivos. A história toda ou partes são encenadas.

# Entrevista: onde o professor entrevista um personagem convidado (requer 2 pessoas ou você e 1 boneco)

Bonecos e fantoches.Existem diversos tipos de fantoches. Os mais simples podem ser feitos a partir de uma meia ou saco de papel ou simplesmente recortando silhuetas e colando-as a palitos de picolé.

Cada fantoche deve ter uma personalidade clara (ex. nervoso, tímido, orgulhoso.. ) e também uma voz que não devem mudar durante a história.

Não use fantoches apenas para narrar a história; converse com o boneco ou faça com que atuem.

Tome cuidado ao usar fantoches em um teatro, para que eles não caiam da cena, a medida que seus braços cansem e para que sua voz alcance a platéia. Cuidado com movimentos fora de sincronia, diálogos muito complexos e excesso de objetos e cenários. Mantenha contato visual (olhar) entre os fantoches e entre fantoches e crianças.

Cuidados gerais:

Atente para moralização: Nós estamos tentanto comunicar o amor de Deus para pecadores e não morais ou "faças" e "não faças". Não confunda o evangelho com a sabedoria da idade ou conselhos paternais.

Atente para possiveis erros de interpretação dos objetivos da lição. Cuide para não pegar as histórias literalmente ou carregá-las com outras conotações em detrimento da mensagem.

Fonte: Idéias e Dicas para Juventude Evangélica e Escola Dominical